Não acredito em coincidências, nada é por acaso, não viemos à passeio, não existe sorte, todas essas frases que são senso comum tem como pano de fundo uma grande verdade que acredito muito, e já escrevi antes, somos conseqüências das decisões que tomamos, da forma como pensamos. Dito isso quero contar uma história para vocês.
Alguns que me conhecem sabem que trabalho com empreendedorismo há algum tempo ministrando aulas e na minha empresa, orientando pessoas a começarem seus negócios, ou organizarem suas empresas através de um plano de negócios. Não vou fazer propaganda, mas ironicamente faço isso para os outros, mas nunca havia parado para organizar um processo semelhante para mim, sendo assim, me lancei um desafio, iniciar um projeto de forma organizada e planejada, uma startup e transformá-la em meu projeto para 2010.
O processo de uma startup não é nada simples, primeiro uma breve definição da palavra, Start-up é um modelo de empresa jovem, embrionária, recém-criada, ou ainda em fase de constituição, implementação e organização de suas operações (o que é mais comum). Podendo até mesmo sequer ter iniciado a comercialização de seus produtos e serviços. Normalmente, as start-ups são empresas de pequena dimensão, mas que desenvolvem um interesse cada vez maior das indústrias tradicionais na criação e desenvolvimento de conceitos. Deste modo, as start-ups podem ser pequenos projetos empresariais, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de idéias inovadoras. Ou seja, a inovação é um conceito muito importante para uma startup.
Então munido desse conceito de e de uma estratégia que acredito ser um sucesso, apresentei esse desafio a um amigo que trouxe mais duas cabeças pensantes para alavancar a idéia. A estratégia é a conhecida “Oceano Azul” que basicamente foca em tornar a concorrência irrelevante apresentando para o consumidor uma inovação de valor, valor esse que é traduzido em benefícios, que é o que o consumidor compra.
A teoria do oceano azul é explicada por uma metáfora: o oceano vermelho seria um local de concorrência esmagadora, "sangrenta", com constantes confrontos entre concorrentes. O oceano azul, por outro lado, é um espaço que nem sequer foi vislumbrado pelos competidores e, por isso, ainda é inexplorado. A melhor estratégia do empreendedor, portanto, não seria enfrentar uma concorrência acirrada, mas buscar mares mais tranqüilos, inabitados. O segredo não é esmagar a concorrência. É torná-la irrelevante.
Surge então o primeiro paradigma, como “traduzir” uma teoria, apresentada em livro par a realidade de uma startup? Nada simples, mas o primeiro passo foi identificar o posicionamento que queríamos adotar no projeto, isso foi fundamental para alinhar todo o discurso, conteúdo, ações de marketing, operações e planejamento financeiro. Confesso que ajudou bastante dividir com mais três pessoas essa idéia, mas mesmo assim, temos que voltar ao tema sempre e relembrar o posicionamento para evitar o senso comum.
Essa estratégia já é o suficiente para nos posicionarmos como uma empresa em constante inovação, nada simples, mas menos do que isso não seria suficiente para lançar o desafio. O que vejo na prática é uma ansiedade exagerada por parte dos empreendedores brasileiros, não fomos ensinados a pensar a longo prazo, o nosso longo prazo é de 1 ano, já queremos resultados rapidamente, sem levar em consideração toda a necessidade de maturação de uma idéia.
Além disso tem os problemas clássicos de qualquer empresa, sempre que começa qualquer empresa. Logo de cara você ganha um amigo, o contador, que realmente precisa ser seu amigo, senão quebra seu negócio. Você também passa a ter um novo chefe, o fluxo de caixa, é ele quem vai dizer o que pode e o que não pode ser feito na sua empresa. Outro fator de vida ou morte, como você trata do seu networking, pois é ele quem vai ajudar você no início, seja comprando, seja divulgando seu negócio. Seu sócio, figura emblemática de qualquer negócio, ouvi uma frase de um amigo, toda e qualquer relação que precisa de um contrato para acontecer, é uma relação de risco, então assim como um casamento, você precisa saber escolher bem seu sócio. Não queira abraçar o mundo, segmente sua idéia ao máximo, encontre um nicho de mercado e domine ele, tenha foco, diga não para aquilo que não se alinhar com a idéia central do negócio. E evite a Síndrome da Alice no País das Maravilhas, quem não tem uma meta aonde chegar, qualquer caminho serve.
Sendo assim, vamos que vamos, o projeto está saindo do papel e começando a caminhar.
Grande abraço e sucesso a todos
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