Esse vem do blog http://estalo.org/
Tem gente que aproveita a hora do comercial para ir ao banheiro. Mas aqueles que não se levantam do sofá, raramente aguentam assistir a um break comercial completo.
Os programas criam conteúdo que as pessoas querem ver e por consequência atraem a audiência, mas muitas vezes o break comercial chega apavorando e espanta todo mundo. Dependendo da qualidade do break comercial, ele pode reter ou espantar a audiência que o programa havia captado.
Desse fenômeno nasce o zapping de canais, um grave problema para as emissoras que sofrem com a queda da audiência na hora do comercial.
Veículos, agências e anunciantes estão criando maneiras preventivas para segurar a audiência durante os breaks. Deste, dois modelos se destacam.
1) Menos interrupção
A Rede Globo está restringindo em 2 minutos o tempo do break comercial de programas como o Jornal Nacional e Globo Esporte. A horário do plim plim ficou mais rápido.
Desta forma ela pretende reter a audiência de seus programas, sem deixar que aqueles comerciais a “atrapalhem”. Perde um pouco de receita, mas ganha em ibope (que talvez permita aumentar o custo da inserção dali um tempo). É uma solução, mas talvez estejam abordando o problema da maneira errada. Pelo menos é o que acreditam os embaixadores do modelo a seguir.
2) Mais contextualização
Se os três minutos habituais de `propaganda` fossem tão interessantes e relevantes quanto o jornal, o risco de haver vazão de audiência e zapping diminuiria bastante. Se a Globo lutasse pela qualidade e contextualização dos comerciais veiculados em sua programação, ela poderia continuar com intervalos de 3 minutos, gerando mais dinheiro de anunciantes, além de manter um ibope melhor.
Por outro lado, tal modelo traria implicações complexas para a criação tradicional das agências (também) tradicionais, já que estas teriam que criar diversas peças levando em consideração o contexto de onde seriam veiculadas (comercial versão telejornal, versão novela 3, versão futebol, etc). Mas se as agências ainda não se movem tanto este sentido, os próprios veículos começam a se proteger do zapping, criando o comercial de seus anunciantes com o mesmo contexto e linguagem do programa.
É o caso do CQC, que durante o programa exibidos diversos “comerciais” criados pelos própios integrantes do CQC (em conjunto com as agências). E tem vezes que o pessoal do CQC acerta a mão mais do que as agências (não é o caso de Skol).
A MTV é outro exemplo que se preocupa com o contexto e a retenção da audiência em seus breaks comerciais. Além de várias marcas criarem peças com uma linguagem específica para ser veiculada na MTV, a emissora infesta os breaks com comerciais com sua própria linguagem da programação (geralmente aqueles visuais freaks que surgem durante o comercial).
Você decide
No final, de duas uma: contextualização ou menos interrupção.
Qual será a solução?
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