Outro ponto interessante do vídeo é o conceito que errar faz parte do processo, se a sua empresa não tolera o erro é incompatível que ela queira inovar.
Sucesso
Estamos fora da Copa da África do Sul. Nosso senso patriótico e ufanista vai do céu ao inferno no tempo de duração do jogo. Voltamos ao mundo de onde acreditamos ter saído por alguns breves momentos: o mundo corporativo. Mais calmos, analisamos o que, para nós, foi um despencar das ações do Brasil na bolsa futebolística mundial. Mas o que o fracasso da seleção comandada por Dunga tem a ver com as organizações? Que lições podemos tirar deste filme com final pouco feliz?
Objetiva e sucintamente, como deve ser toda análise, abordaremos os pontos que fazem de Dunga, mais um gestor à moda Brasil. 1- Dunga - virou as costas para a opinião de um país inteiro. Dunga compôs um time, não uma seleção como outras que lá estavam. O mercado consumidor formado por expectadores, jornalistas, torcedores e peladeiros esforçaram-se em tentar mostrar isso ao supremo gestor. Assim como em muitas empresas, os gestores parecem surdos às vozes do mercado. Insistem em oferecer produtos conforme suas próprias percepções.
Num mercado competitivo, a concorrência se inova a cada minuto. Ganha credibilidade quem faz, se expõe e investe em produtos cuja qualidade possa ser testada, aprovada e comprovada pelo mercado. Dunga convocou e pôs em campo produtos/jogadores de qualidade - assim entendida pelo mercado - duvidosa. Não eram produtos que encabeçariam a lista dos top of mind de qualquer brasileiro; eram sim, os que ele, Dunga, gostava mais. 2 - Comportamentos táticos que ferem a nossa natureza - O Brasil não jogou como Brasil, a seleção brasileira perdeu identidade; teve seu DNA alterado, isto é, assumiu uma identidade que não era dela.
Uma seleção que a história mundial reconhece como que joga avançada, que ataca, que objetiva o gol ... parece ter perdido o foco. Jogar bonito e fazer gols sempre estiveram associados ao futebol brasileiro; vencer era conseqüência. Isso funciona como uma empresa que nasce e cresce com o DNA dos seus idealizadores, focada na satisfação do cliente e que, como num toque de mágica - e das ruins - passa a ter foco no produto. Abandona tudo o que a fez adorada pelo mercado e, remando contra a corrente, preocupa-se mais com preço do que com valor. O Brasil esqueceu o futebol ofensivo. Os fins pretensamente justificariam os meios: o resultado a qualquer preço, toques para o lado falta de pró-atividade e improviso dos jogadores que sempre venderam talento e criatividade para o mundo. 3- A marca Brasil - vitoriosa, invejável e intocável. O Brasil é penta! O certificado de qualidade da seleção brasileira de futebol é tão forte quanto de uma grande multinacional. Tivemos produtos como Garrincha, Nilton Santos, Vavá, Zico, Pelé. Este último, descontinuado como os outros citados é, no futebol, mais do que a Coca-Cola como refrigerante.
Dunga não soube explorar bem o poder do branding que, dentre outras coisas, serve até para inibir a concorrência. Na verdade, a descaracterização da marca, traduzida pela relação de produtos que apresentou, gerou efeito contrário. Submetidos a um esquema tático difuso, a marca Brasil passou a ser vista pelos concorrentes como algo a ser humilhado, um Golias, agora fraco. Quantas não são as empresas cujas marcas, ainda de pouco valor percebido, aproveitam-se dos espaços deixados pelas maiores e mais fortes. Num mercado competitivo e globalizado, qualquer empresa, de qualquer nacionalidade pode explorar a demanda fomentada pela líder e se beneficiar com isto; principalmente quando a líder, fragilizada pelas falhas que lhes percebem os tradicionais consumidores, deixa satisfazê-los. 4- Pressão da função - Dunga era um gerente. Você conhece algum gerente que não trabalhe sob pressão? Muitos, assim como ele, se veem obrigados a suportar também altas doses de tensão. Há quem diga que o gerente de uma grande empresa sofre o ‘efeito-sanduiche’, pressão de cima (diretores, acionistas) e de baixo (linha de frente, subordinados). Isso nos parece lógico.
No caso do nosso técnico, Dunga não se mostrou suficientemente preparado para atingir as metas que lhe foram estabelecidas para venda e participação de mercado do produto Brasil. Mostrou falta de inteligência emocional, incomodou-se com a pressão e com a tensão inerentes ao cargo, xingou, debochou de quem poderia ampará-lo ... a mídia e, ainda pior, atestou sua incompetência para diretores e acionistas (FIFA, CBF e povo brasileiro).
Bem, pelo menos diretores são menos temidos que a mídia. Dunga ficou sem palavras quando tentou justificar sua opção por produtos outros que não os reclamados pelo mercado consumidor: Neymares, Gansos e Ronaldinhos Gaúchos, por exemplo. Todos os antecessores foram submetidos a igual ou pior pressão e souberam lidar melhor com ela. 5- Venceu - a Copa América, a Copa das Confederações e a Sul-Americana. Mesmo com DNA alterado, sem brilhantismo e esquema tático convincente, teve bons resultados. Isso acontece quando os produtos são testados em mercados menos competitivos, menos exigentes. Sem muita margem e sem gordura, bateram as metas propostas pelos acionistas. Venceram! Todos têm motivo para ficar felizes, mas não eufóricos! Os bons resultados obtidos em maus mercados criam falsas ilusões de que igual sucesso acontecerá em outras praças.
Exatamente esta falácia credenciou a arrogância do gerente em manter uma equipe medíocre, sem os melhores, mas com os mais "fiéis". Dunga bateu metas trimestrais nos mercados em que era líder, mas não foi capaz de crescer no trimestre pico da sazonalidade; no momento mais importante para construção do seu resultado anual de vendas (a Copa). Iludido, ficou bem abaixo do esperava - ainda bem que o staff já não contava mesmo com bônus e participação nos lucros, pois não vieram. 6- Arrogância - Dunga, pela pouca experiência como gestor, sequer deve saber o que são cenários alternativos; não estava preparado para a situação contingencial em que se viu, mas todo gerente em início de carreira deve ter humildade para contratar ou ser assessorado por profissionais melhores do que ele, mas o gerente Dunga queria ser único - até mesmo porque a assessoria de que dispunha era quase nula. Talvez tivesse receio de que outro gestor, mais competente, questionasse a relação passional que estabelecera com seus produtos. Quis fazer da fidelidade dos jogadores, obtida em agradecimento ao seu paternalismo incondicional, o seu grande trunfo - como na máfia. "Vamos nos blindar do que o mercado quer, do que os acionistas querem, do que os clientes buscam".
Unidos contra tudo e contra todos, mais difícil fica identificar os incompetentes. Associações vis e falsas amizades completam a proteção. Pessoas cujos telhados são de vidro têm sempre alguma coisa a dizer em favor dos potenciais chantagistas. Há gestores que sabidamente incompetentes permanecem em seus cargos. Frequentam a casa do diretor, almoçam com ele e, nas viagens de negócios, são os primeiros a ser convocados. Situações assim podem até demorar, mas não duram para sempre: o incompetente tende a se enforcar com a corda tecida por ele mesmo.... ou não? Que o digam Kleberson, Josué, Gilberto e Felipe Melo. 7- Outro modelo de jogo - Vendo que os resultados trimestrais não se repetiriam, Dunga deveria ter partido para a execução de um plano alternativo que, decerto, já teria sido hipótese aventada por qualquer gerente pouco mais competente. Dunga foi gerente de um plano só.
A mudança do cenário fez com que concorrentes sem tanta expressão ganhassem força competitiva, nossos melhores produtos, Kaká e Luís Fabiano, não estavam, certo momento, disponíveis no estoque. A demanda existiu. Havia produtos substitutos? Que não perfeitamente substitutos, havia produtos que proporcionassem benefícios adicionais tais como maior velocidade, melhor lançamento ou toques mais precisos? Não, não havia nada disso. Demandas de mercado não atendidas por sua empresa acabam sendo atendidas por outra. Não se pode subestimar a demanda, principalmente quando se trata de um produto tradicional, reconhecidamente de qualidade. O mercado tinha expectativas de ver a seleção brasileira. Expectativas frustradas, clientes insatisfeitos. Não havia no plantel produtos em qualidade suficiente para atender tal exigente demanda. Dunga não tinha uma equipe razoável para variar esquema tático nem substituir jogadores quando precisasse. A seleção brasileira foi uma empresa engessada, como é o raciocínio do seu gestor.
Assistimos todos, via satélite, a ascensão de outras equipes que souberam se adaptar ao novo mercado e a explorar as fragilidades das antigas concorrentes. 8- Ignorar o cliente - dia 02 de julho. Fim de jogo. Brasil é eliminado pela Holanda. O objetivo não foi atingido! Não cabe apontar culpados ou atribuir à confluência dos astros o triste resultado. A seleção brasileira, escalada pelo inexperiente técnico Dunga não atendeu às expectativas de todo o mundo. Os produtos não foram capazes de gerar os resultados de venda e participação de mercado conforme todos esperavam. Com hombridade, um bom gestor, líder de sua equipe e defensor dos ideais coletivos, imputaria a si próprio a escolha errada pelo portfólio de produtos e pelas errôneas estratégias adotadas. Alentaria sua equipe e, provavelmente, reuniria acionistas, diretores, grupos representativos de clientes etc. para declarar suas falhas e sua incapacidade - fosse ela técnica ou psicológica - de, naquela situação, atingir o que dele era esperado.
Somos humanos; falhamos. Assumir as próprias falhas é ser responsável; é atitude nobre, é um passo para o perdão; é deixar as portas abertas. Ser nobre seria esperar muito do nosso treinador. Vê-lo, como num gesto de gratidão, cumprimentar sua equipe ou, como de educação esportiva, reconhecer a superioridade do seu concorrente é hipótese sem propósito para quem, ao deparar com empecilhos, mostra que não está preparado para o sucesso. Em passos firmes e largos, sem sequer olhar para trás; abandonar o campo imediatamente após o apito final é o cúmulo do descaso para com todos. É voltar à Era Ford e dizer que o produto jamais será customizado porque à empresa, não importa atender às necessidades ou desejos de seus clientes. Para vocês, clientes, o meu total desprezo. Parabéns, Dunga: você está desempregado!
André Acioli é administrador, mestre pelo Coppead-UFRJ, consultor de empresas e professor universitário. Augusto Uchoa é formado em marketing, mestre pelo Ibmec, consultor de empresas e professor universitário. São sócios do Boteco do Conhecimento.
As bolsas são feitas de um material reciclável feito por um tecido permeável que evita a asfixia do solo e preserva naturalmente o equilíbrio necessário entre o ar, a terra e a água. É possível conferir toda a coleção de bolsas produzidas por eles e como podem utilizadas no site. Abaixo seguem alguns modelos.
Para saber mais acessem o site da empresa, http://www.bacsac.com.br/
Para transportar
Pendurar
Suspender
Estilo jardineira
Já estão abertas as inscrições para o Prêmio EDP 2020, concurso de inovação e empreendedorismo promovido pela empresa portuguesa em parceria com o FGVcenn. A competição é aberta ao público e distribuirá R$100 mil anualmente, durante 10 anos, para os vencedores dos projetos mais inovadores nas áreas de energias renováveis, redes inteligentes, mobilidade elétrica, entre outros. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de agosto, aqui. Para mais informações sobre o evento, cronograma de atividades e regulamento , basta acessar o site oficial. Boa sorte a todos!
Não acredito em coincidências, nada é por acaso, não viemos à passeio, não existe sorte, todas essas frases que são senso comum tem como pano de fundo uma grande verdade que acredito muito, e já escrevi antes, somos conseqüências das decisões que tomamos, da forma como pensamos. Dito isso quero contar uma história para vocês.
Alguns que me conhecem sabem que trabalho com empreendedorismo há algum tempo ministrando aulas e na minha empresa, orientando pessoas a começarem seus negócios, ou organizarem suas empresas através de um plano de negócios. Não vou fazer propaganda, mas ironicamente faço isso para os outros, mas nunca havia parado para organizar um processo semelhante para mim, sendo assim, me lancei um desafio, iniciar um projeto de forma organizada e planejada, uma startup e transformá-la em meu projeto para 2010.
O processo de uma startup não é nada simples, primeiro uma breve definição da palavra, Start-up é um modelo de empresa jovem, embrionária, recém-criada, ou ainda em fase de constituição, implementação e organização de suas operações (o que é mais comum). Podendo até mesmo sequer ter iniciado a comercialização de seus produtos e serviços. Normalmente, as start-ups são empresas de pequena dimensão, mas que desenvolvem um interesse cada vez maior das indústrias tradicionais na criação e desenvolvimento de conceitos. Deste modo, as start-ups podem ser pequenos projetos empresariais, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de idéias inovadoras. Ou seja, a inovação é um conceito muito importante para uma startup.
Então munido desse conceito de e de uma estratégia que acredito ser um sucesso, apresentei esse desafio a um amigo que trouxe mais duas cabeças pensantes para alavancar a idéia. A estratégia é a conhecida “Oceano Azul” que basicamente foca em tornar a concorrência irrelevante apresentando para o consumidor uma inovação de valor, valor esse que é traduzido em benefícios, que é o que o consumidor compra.
A teoria do oceano azul é explicada por uma metáfora: o oceano vermelho seria um local de concorrência esmagadora, "sangrenta", com constantes confrontos entre concorrentes. O oceano azul, por outro lado, é um espaço que nem sequer foi vislumbrado pelos competidores e, por isso, ainda é inexplorado. A melhor estratégia do empreendedor, portanto, não seria enfrentar uma concorrência acirrada, mas buscar mares mais tranqüilos, inabitados. O segredo não é esmagar a concorrência. É torná-la irrelevante.
Surge então o primeiro paradigma, como “traduzir” uma teoria, apresentada em livro par a realidade de uma startup? Nada simples, mas o primeiro passo foi identificar o posicionamento que queríamos adotar no projeto, isso foi fundamental para alinhar todo o discurso, conteúdo, ações de marketing, operações e planejamento financeiro. Confesso que ajudou bastante dividir com mais três pessoas essa idéia, mas mesmo assim, temos que voltar ao tema sempre e relembrar o posicionamento para evitar o senso comum.
Essa estratégia já é o suficiente para nos posicionarmos como uma empresa em constante inovação, nada simples, mas menos do que isso não seria suficiente para lançar o desafio. O que vejo na prática é uma ansiedade exagerada por parte dos empreendedores brasileiros, não fomos ensinados a pensar a longo prazo, o nosso longo prazo é de 1 ano, já queremos resultados rapidamente, sem levar em consideração toda a necessidade de maturação de uma idéia.
Além disso tem os problemas clássicos de qualquer empresa, sempre que começa qualquer empresa. Logo de cara você ganha um amigo, o contador, que realmente precisa ser seu amigo, senão quebra seu negócio. Você também passa a ter um novo chefe, o fluxo de caixa, é ele quem vai dizer o que pode e o que não pode ser feito na sua empresa. Outro fator de vida ou morte, como você trata do seu networking, pois é ele quem vai ajudar você no início, seja comprando, seja divulgando seu negócio. Seu sócio, figura emblemática de qualquer negócio, ouvi uma frase de um amigo, toda e qualquer relação que precisa de um contrato para acontecer, é uma relação de risco, então assim como um casamento, você precisa saber escolher bem seu sócio. Não queira abraçar o mundo, segmente sua idéia ao máximo, encontre um nicho de mercado e domine ele, tenha foco, diga não para aquilo que não se alinhar com a idéia central do negócio. E evite a Síndrome da Alice no País das Maravilhas, quem não tem uma meta aonde chegar, qualquer caminho serve.
Sendo assim, vamos que vamos, o projeto está saindo do papel e começando a caminhar.
Grande abraço e sucesso a todos
Diversas homenagens foram realizadas mas uma que gostei muito e quero dividir com vocês foi a realizada pelo site boston.com. São fotos em alta qualidade, aproveitem,